Descontrolado, a certa altura, o diretor do João Paulo voltou suas baterias contra o próprio governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), que, em tese, seria seu chefe.
Porto Velho, Rondônia - Foi constrangedor e ameaçador. Em pleno meio dia, dezenas de pessoas almoçavam numa churrascaria de Porto Velho quando entrou o lutador de artes marciais Sérgio Paulo de Mello Mendes Filho, médico e diretor do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, de Porto Velho.
Sérgio, visivelmente transtornado, de olhos esbugalhados, narinas espumando, se dirigiu até a mesa em que se encontravam três jornalistas e iniciou uma sessão de ameaças, xingamentos e exibicionismo de um suposto saber acadêmico e de, segundo ele, poder econômico e sucesso financeiro na área da medicina.
Sobrou até para o também médico e governador de Rondônia Confúcio Moura (PMDB), um verdadeiro” Banana”, segundo o transtornado diretor do João Paulo II.
Sérgio, que está acostumado a resolver seus problemas usando a força física (ele já deu uma surra num colega médico, dentro do hospital, sem nenhuma consequência jurídica ou administrativa), está irritado com a divulgação de um vídeo no Youtube em que ela aparece nu, dentro do próprio hospital que administra, gritando palavras ininteligíveis e dominado pela segurança.
Seu novo surto, agora no restaurante, se deu numa tentativa de acerto de contas com os jornalistas que divulgaram o vídeo em seus respectivos sites, e que conseguiu encontrar pela frente , a quem acusa de terem postado as imagens.
Em tom ameaçador, o diretor do João Paulo, demonstrando estar completamente descontrolado, xingou os profissionais de imprensa.
Aos gritos, chamando a atenção dos clientes do restaurante, disse que os jornalistas eram todos canalhas e vagabundos por terem postado o vídeo em que ele aparece , sem roupa, no chão do hospital que administra, e gritando frases desconexas , sendo dominado pela Polícia Militar.
O diretor do João Paulo II dirigiu suas ameaças e palavrões contra os editores dos três principais jornais eletrônicos de Rondônia – Rondoniaovivo, Rondoniagora e Tudorondonia. “São uns vagabundos, que vivem de extorsão, de achacar políticos, de roubar. São uns analfabetos, que nunca cursaram uma faculdade como eu fiz. Eu ganho bem, e eles, uma miséria”, gritava, desvairado, o diretor do Hospital.
Descontrolado, a certa altura, o diretor do João Paulo voltou suas baterias contra o próprio governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), que, em tese, seria seu chefe. “O Confúcio é um banana e vou continuar diretor enquanto eu quiser, pois sou competente, tenho estudo, sou qualificado e não preciso de político pra me manter em cargo nenhum”, berrava Sérgio.
os jornalistas se sentiram ameaçados. Acreditavam que seriam agredidos fisicamente pelo diretor, que avançou sobre eles, ameaçador e desafiador, com o dedo em riste, aos gritos, numa atitude provocativa, confiando, aparentemente, em seus conhecimentos de artes marciais.
PACIENTE É COMIDO POR LARVAS NO HOSPITAL JOÃO PAULO
Enquanto o lutador de artes marciais e médico Sérgio dava seu show no restaurante, médicos, enfermeiras e auxiliares tentavam salvar a vida de um paciente que, no dia anterior, agonizava no chão do hospital João Paulo II, jogado abandonado na área do necrotéreo e, literalmente, comido por larvas. Enquanto isso, o diretor da instituição continua a gozar da inteira confiança do governador Confúcio Moura ("O Banana") – como ele próprio fez questão de vociferar na presença de dezenas de pessoas boquiabertas diante da cena.
DEU NO SITE RONDONIAOVIVO
O homem que aparece em vídeo no Youtube sendo consumido por larvas no corredor do hospital João Paulo II foi identificado pelo nome de Antonio Francisco de Oliveira, ele tem 51 anos de idade e veio do município de Ariquemes para trata-se de um quadro de uma inflamação grave.
Segundo informações da assessoria de imprensa do João Paulo II, Antonio Francisco de Oliveira, já deu entrada no hospital apresentando um grave quadro de Miíase, nome dado a infestação de larvas de mosca em pele humana, fato que retira qualquer hipótese sobre as larvas terem sido provenientes de alguma espécie de infecção hospitalar.
Antonio aguardou por alguns momentos para ser atendido e já passou por um procedimento cirúrgico e está internado UCE (Unidade de Cuidados Especiais) onde ainda apresenta um quadro clinico delicado.
Porém o fato de cidadãos como o senhor Antônio Francisco, serem alojados da forma como ele encontrava-se nas dependências do JP II deitado no chão ao lado do necrotério, ainda deve ser motivo de explicações por parte da diretoria da unidade de saúde.
Pois mesmo o paciente não tendo adquirido a sua chocante enfermidade dentro do ambiente hospitalar, certamente o local ao qual Antonio foi exposto potencializou os riscos de uma complicação clinica.
Fonte: TudoRondônia
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