sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Porque você deve fazer Pilates? Benefícios e Dicas

Desde os oito anos de idade, joguei vôlei, handball, fiz balé, jazz, dança de salão, entre outros mil exercícios. Sempre tive muita energia física e sempre fui muito agitada, por isso, fazia mil atividades físicas para ficar um pouco menos ansiosa.
Comecei a fazer musculação aos vinte anos em uma academia muito boa, na qual não tive nenhuma lesão ou problema durante o ano que fiquei lá. Contudo, arrumei um emprego que não me permitiu mais frequentar essa academia, devido aos horários não baterem. Fui fazer musculação em outro lugar e, em dois meses, apareceram as lesões… lesão na lombar, lesão na posterior de coxa, encurtamentos, problemas no joelho… Sentia muita, muita dor na coluna, dor essa que irradiava para as pernas e por toda a bacia. A dor era tão intensa que em qualquer posição que eu estivesse (em pé, sentada, deitada), não amenizava. Por mais incrível que pareça, ortopedistas recomendaram que eu retornasse à musculação, mas não fiquei convencida de que isso me traria benefícios.
Após meses de dor e meses sem dormir por conta da mesma, eu resolvi ir fazer uma aula experimental de Pilates para ver se dava jeito na dor e para ter um diagnóstico da professora, a qual também era fisioterapeuta. Na primeira aula, analisando o jeito que eu sentava, o jeito que ficava em pé e o jeito que eu me alongava, a professora diagnosticou as lesões e fez a proposta de exercícios que me alongariam, fortaleceriam meus músculos, e assim, as dores passariam.
Começamos a batalha! No começo, as dores musculares eram terríveis e as limitações quanto as exercícios eram extremas. Eu estava toda encurtada, meu abdômen estava muito fraco e também o estavam os outros músculos. Sentia também muitas dores na cervical, devido ao fato de eu ficar muito tempo sentada estudando.
Em duas semanas de Pilates, minhas dores na coluna já passaram. Ficar um dia inteiro sem sentir nenhuma dor na coluna foi algo maravilhoso!! Em dois meses, meu corpo já aparentava a diferença, isto é, já estava com mais tônus muscular – pois fiz muitos esportes e também balé por muitos anos, o que fez com que a musculatura tivesse memória muscular e respondesse mais rápido do que a musculatura de quem nunca fez exercícios.
O essencial nesse momento de recuperação foi, primeiramente, um bom profissional de fisioterapia que soube me diagnosticar e avaliar quais eram os exercícios mais importantes para mim. Começamos com intensos alongamentos, muitos e muitos tipos de abdominais e exercícios para as pernas. A consciência corporal, a concentração mental e muscular em cada exercício foram também imprescindíveis para a minha melhora. A cada dia, sentia que minha postura melhorava mais e mais, e as dores já quase não existiam.
Passados seis meses, estava com um abdomen duro como pedra, estava com o corpo todo definido. Todavia, o mais importante é a mudança que ocorreu de dentro para fora: eu estava mais concentrada em tudo que fazia, passei a fumar menos cigarros, minha respiração melhorou muito (pois reaprendemos a respirar com o método Pilates), e eu fiquei menos agitada no cotidiano.
Bem, gostaria de deixar claro que o método Pilates nem sempre é passado de um modo adequado por parte dos fisioterapeutas e educadores físicos. As bases de todos os exercícios sempre serão: respiração abdominal ( quando você expira, tem que contrair muito o abdomen e empurrar o umbigo em direção à coluna), consciência corporal ( você tem que aprender a sentir seu corpo, sentir se está alinhado, na postura correta, pois não se usam espelhos nas aulas), concentração, contração contínua de toda a musculatura (abdomen, glúteos, pernas, braços etc), e há também a questão de fechar o assoalho pélvico.
O professor de Pilates sempre deve explicar detalhadamente os exercícios, sempre deve estar atento à postura, limitações e queixas dos alunos, pois se não for assim, lesões ocorrerão. Se você estiver fazendo Pilates com um professor que nunca lhe corrigiu em nenhum exercício, corra!!!! Ele não é um bom profissional, pois os movimentos dos exercícios exigem muito para que você os faça perfeitamente, ou seja, sempre haverá alguma correção de postura, de posição de joelhos, de pés, enfim. No caso do profissional estar dando os exercícios de Pilates de modo rápido, com pressa, corra também!
Qualquer dor ou incomodo durante os exercícios que não sejam musculares devem ser falados ao professor imediatamente. Se o professor não der atenção ao seu incomodo e insistir para que você faça o exercício, corra deste professor também. Porque todos os exercícios podem ser adaptados de acordo com suas necessidades e limitações.
O Pilates exige a CONCENTRAÇÃO muscular intensa durante o exercício, o que significa que você fará cada exercício lentamente, no tempo de sua respiração, para trabalhar a musculatura mais profunda – diferentemente da musculação.
Senti que a minha vida melhorou como um todo: tive melhorias significativas quanto às minhas lesões (que são muitas, devido à musculação, ao balé e ao vôlei), senti que minhas tendinites não atacam com tanta frequência, meu sono é mais pesado, tenho mais disposição, minha postura ficou mais alinhada, sem contar o corpo que fica lindo, definido, com uma linda cinturinha!!! Em suma, eu não vivo mais sem o Pilates!!
O Pilates não é restritivo, pois a intensidade dos exercícios e os tipos de exercícios se adequam a todos os tipos de pessoas: atletas (para fortalecer mais a musculatura e prevenir lesões); pessoas que já possuem lesões, pessoas idosas (o que ajuda na melhoria da flexibilidade, equilíbrio). Assim, o método pode ser utilizado tanto em pessoas que já tem a musculatura muito forte, quanto em pessoas que tem muitas limitações e com pessoas que querem prevenir lesões.
Aqui fica minha experiência sobre o método Pilates. E gostaria de deixar uma ressalva: Pilates não é fácil, não é só “exercício de idoso” ou alongamento, como escuto muito por ai… Tudo vai depender da necessidade de cada pessoa, o que, mais uma vez, difere dos exercícios universalizados da musculação e das aulas dadas com exercícios iguais para todo mundo. Nas aulas de Pilates, não é recomendado mais de 3 alunos por turma, e cada aluno deve fazer exercícios diferentes dos outros alunos – a não ser exercícios e alongamentos que são mais universais -, já que o método preconiza o tratamento individualizado.

CRÉDITOS: http://www.psicologiamsn.com/ por